Blurb
De uma hora para a outra, a vida do menino Agu vira de cabeça para baixo - a paz da aldeia em que vive com seus pais e sua irmã é rompida com a chegada de uma milícia liderada por um homem louco e cruel. Sozinho, afastado de sua família, Agu é obrigado a matar para não morrer ao ser recrutado como o mais novo soldado do grupo, presenciando os horrores de um conflito que não compreende. E se tornando parte deles. Nesse romance, seres humanos são reduzidos a seus aspectos mais primitivos, tornando-se 'feras' que promovem a violência e a morte. Ao escolher Agu como narrador da história, Iweala potencializa os horrores presenciados e promovidos pelo menino - é sua voz infantil que nos conduz pela guerra e seus horrores; é ouvindo suas hesitações e pudores de criança que assistimos à sua transformação de menino-que-quer-ser-engenheiro a menino-monstro. A inocência de Agu vai sendo encoberta por assassinatos, estupros, saques e toda sorte de atos criminosos que sofre e que executa. Tornou-se um soldado e cumpre o seu dever, mas ainda se lembra dos ensinamentos da mãe e fica confuso - como pode agora matar sem vomitar ou desmaiar como nas primeiras vezes e continuar temendo a Deus e querendo ser um bom menino? Em 'Feras de lugar nenhum', Agu sonha com coisas muito diferentes - matar os homens que fizeram sua família desaparecer, carregar uma arma de verdade, ter o que comer amanhã, ser uma árvore gigantesca, fazer o homem que mora na lua sorrir, encontrar sua mãe, voltar pra escola e se tornar, enfim, um engenheiro.
First Published
2005
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